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Manu à mesa

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bolo de cacau com biomassa e açúcar de coco

5 ovos caipiras, 3 colheres de sopa de azeite extra virgem, 250g de biomassa de banana verde, 1/2 copo (125ml) de açúcar de coco, 3 colheres de sopa de cacau alcalino em pó, 4 punhados generosos de coco ralado fresco (ou 4 colheres de sopa cheias), 2 colheres de chá de fermento em pó. Bate tudo e leva pra assar por uns 40 minutos.

  • essa receita deu 9 forminhas dessas de cupcake.
  • o bolo fica bem fofo e úmido, uma delícia!

660º – 705º – parte II – norte do Uruguai pelo Chuí

no extremo austral brasileiro: Chuí

A parte I da viagem está nesse post AQUI.

De São Lourenço do Sul seguimos viagem rumo ao extremo sul do Brasil e seu ponto mais austral: o Chuí, por onde cruzamos a fronteira com o Uruguai.

Passamos quatro dias no Uruguai e lá nos hospedamos em um camping dentro do Parque Nacional de Santa Teresa, que fica no departamento de Rocha, a menos de 50 km da fronteira com o Brasil. O parque fica numa imensa área que conta com área de camping, cabanas, um jardim botânico e a conhecida Fortaleza da Santa Teresa, onde funciona o Museu Militar. 4 belas praias ficam na área do parque: 4 belas praias: La Moza, Las Achiras, Playa del Barco e Playa Grande.

Também conhecemos o incrível Parque Nacional de Cabo Polonio, as praias de La Pedrera, La Paloma e Punta del Diablo e a Laguna Negra. Na volta para o Brasil, retornamos por outro caminho, parando para conhecer o Forte de San Miguel, pegando uma estrada até Cebollati, onde atravessamos o rio de mesmo nome via balsa, Rio Branco e atravessamos a fronteira em Jaguarão – RS. Continuar lendo

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Manu à mesa

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Eu ando meio que desistindo das postagens de comidas… das comidas do dia-a-dia, que não têm nada demais e não exigem receita. Ando com uma pinimba de postagens desse tipo, me irritando com o teor usado por algumas pessoas/páginas sobre alimentação. Sei lá, mas a “comida de verdade” que eu tanto defendo tem vindo acompanhada de um “discurso de mentira” em alguns lugares por ai, onde no final parece que o que menos importa é a comida, sabe?

Quando eu comecei a postar as fotos dos pratos da Manu, a minha intenção era, além de fazer um registro fotográfico disso tudo pra ela, mostrar que bebês e crianças podem (e eu ousaria dizer devem, mas a palavra dever bate de frente com uma idaia de imposição que eu não curto na maternidade e nem na vida) comer comida com cara de comida, com gosto de comida, com ingredientes de verdade. Que desde o começo é legal oferecer o alimento como ele é, permitir que o bebê explore esse mundo em sua totalidade. Que só porque é um bebê, e só porque ele não tem dentes, não é preciso que a introdução a esse mundo fantástico da alimentação além-mãe seja reduzido a papas processadas-peneiradas-liquidificadas-homogeneizadas – em aparência, textura e sabor. Porque eu queria, com as minhas fotos, dar ideias de ingredientes e mostrar que sim, é possível. Que sim, é de verdade. Que sim, isso pode ser pra todos os bebês. E além do mais, eu cozinho desde pequena, mas fiquei um bom tempo quase sem fazê-lo, usando a muleta do “eu trabalho demais e tenho tempo de menos, não tenho tempo para cozinhar”. E ai que a Manu me deu essa oportunidade de voltar para a cozinha, por ela, por mim, pela minha família, pela nossa saúde. E eu gosto muito de cozinhar, apesar de ser bastante cansativo algumas vezes. Cozinhar me dá prazer.

E no fim eu falei tudo isso mas o que eu queria mesmo com esse post, com a foto desse prato (foto péssima, aliás… preciso parar de insistir com fotos de celular), era mostrar que comida de criança pode sim ser cheia de legumes, de cor, de textura, de sabores fortes, se assim desejar. Que esse lance de que comida de criança é batata frita, purê, salsicha e nuggets é algo que alguém inventou, por motivos vários, mas que não tem nada a ver com a natureza da criança. Que criança pode sim gostar de alho, cebola, pimenta, mostarda forte, alimentos azedos e alimentos amargos. Que “infantilizar” a comida, dessa maneira como manda o senso geral, é limitar a experiência alimentar do bebê/criança, privando-a de experimentar e conhecer todo um mundo de sabores e alimentos. No final, ela pode até não gostar de um outro alimento, pode mudar de opinião depois de um tempo, e isso é normal e faz parte do exercício de construção do paladar e da autonomia. Autonomia que só se alcança através do exercício diário. Autonomia que só é possível onde existe respeito pela pessoa, porque às vezes se esquece que aquele ser ali na nossa frente é uma pessoa, no estado de uma criança ou bebê, mas antes de qualquer coisa uma pessoa. E respeito só é possível onde se exercita a liberdade… a liberdade de SER, verbo possível única e exclusivamente ao sujeito EU (no caso, ELA).

No prato da foto, assados no azeite com um pouco de sal cinza: milho, batata doce, abóbora e alho. Salada de repolho roxo, tomatinho, pepino e rabanete. Sardinha ao escabeche (sardinha, cebola, pimentão vermelho, pimenta calabresa, salsinha, azeite extra-virgem, vinagre de maçã não filtrado e sal rosa). E sim, esse é o prato da Manu, e ela comeu tudo: o alho assado, o rabanete picante, a sardinha com pimenta e com as espinhas (devidamente cozidas e amolecidas ao final do processo). E comeu porque ela gosta. E ela gosta porque teve a oportunidade de experimentá-los, porque tiramos da nossa mesa o pré-conceito de que crianças não devem comer alguns ingredientes e ignoramos os conceitos pré-fabricados de comida de criança e comida de adulto. Porque afinal, comida é comida… e gente é gente!

  • A receita da sardinha você pode ver AQUI. A única coisa de diferente no meu preparo é que eu deixei a sardinha “descansando” na panela de um dia pro outro sem abrir a panela.
  • Com exceção da batata doce, todos os ingredientes eram orgânicos. Opte por alimentos orgânicos sempre que possível, são muito mais saudáveis e saborosos. Mas se não der, paciência. E caso não dê, deixe o pimentão de fora. Pimentão e morango são daqueles alimentos que a gente só deve comer se forem orgânicos, os convencionais são puro veneno!