em busca de um nascimento respeitoso – placas indicativas

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Fazia tempo que eu queria fazer esse post, que na verdade é uma versão mais completa de um email que mandei pra minha irmã pouco tempo depois de a Manu nascer. Desde então eu já mandei esse email para algumas pessoas.

É um compilado de sites, livros e filmes que fizeram parte da minha caminhada em busca de um nascer respeitoso para mim e para minha filha, porque afinal, eu também renasci ao final desse processo. Processo que começou bem antes de eu engravidar, inclusive. Um processo que foi bastante solitário, cavando com as minhas próprias mãos, sem atalhos, sem ajuda, sem ninguém por perto que já tivesse passado por uma experiência parecida. Um processo que só foi possível porque, antes de mim, outras mulheres já haviam percorrido a mesma trilha e compartilharam na rede e em grupos de apoio suas próprias experiências e deixaram placas indicando alguns caminhos possíveis. Mulheres que tiveram que cavar bem mais que eu. Porque não existe um só caminho possível, são vários e ainda muitos a serem abertos. Mas não se engane com isso, porque mesmo que haja uma infinidade de caminhos, alguns deles não te levarão até lá. E é sobre isso que os links e as indicações de material que vou deixar abaixo vão falar.

Hoje, para que você consiga um acompanhamento pré-natal e um parto de qualidade, onde exista esclarecimento, informações atualizadas por parte dos profissionais e baseadas nas mais atualizadas evidências científicas, um atendimento onde mulher e bebê sejam respeitados e não estejam sujeitos a procedimentos desnecessários (e em sua maioria dolorosos e traumáticos), é preciso cavar muito. O Brasil é o país com o maior índice de cirurgias cesarianas. As taxas superam os 50%, considerando o atendimento público e privado. Considerando apenas o setor privado, a média é de quase 90%, sendo maior que isso nas principais maternidades de São Paulo, a principal cidade do país. A cidade onde eu nasci, São José do Rio Preto, é conhecida como a capital brasileira da cesariana, com taxas superiores a 84%, dados de 2014. Imaginem o quanto eu não teria que ter cavado se ainda morasse lá! Esses números ficam ainda mais assustadores quando contextualizados com o que a Organização Mundial de Saúde recomenda, que seria algo entre 10 e 15% de nascimentos via cirurgia cesariana.

Mas na verdade esse post e os seus links não são para falar da cesariana, assim como não é um passo-a-passo para o parto normal. Esse post é para que as mulheres tenham informação, de verdade e de qualidade, e tenham suas vontades e seus corpos respeitados. Esse post é para que as mulheres e os bebês não sejam roubadas no momento que provavelmente vai ser o mais importante de suas vidas. Essa informação toda é para que as mulheres tenham consciência na hora de fazer as suas escolhas, e saibam quais os riscos e benefícios daquilo que escolher. Para que as mulheres não sejam vítimas de um sistema de saúde perverso, onde hospitais, poder público e profissionais são coniventes, cada um apoiado em suas próprias muletas, muletas que servem única e exclusivamente a eles. Muletas que são, principalmente, muito lucrativas. Muletas que são usadas em detrimento da saúde de milhares de mulheres e bebês todos os dias.

Hoje, esse caminho ainda não é fácil, mas as coisas têm melhorado, devagar, mas em um passo que, acredito e espero, já não é mais possível reverter. Cada vez mais e mais mulheres têm acesso à informação, e munidas de informação, começam a contestar o sistema e o atendimento médico que lhes é oferecido. Apoiadas nessa rede, feita de outras mulheres, muitas mães conseguem acessar a verdade por trás de suas próprias histórias, uma verdade que lhes foi ocultada por um sistema que ainda busca convencer que, caso as coisas não ocorram como elas gostariam, a culpa é delas, é do corpo delas, que não é perfeito, que não funcionou. Como se o parto normal fosse a exceção, apenas para mulheres sortudas e iluminadas. Ou então que o problema é com o bebê, que não quis nascer na hora que o médico precisava que ele nascesse, ou que era grande demais, pequeno demais, gordo demais, magro demais, ou de tão ativo que foi enrolar o cordão no próprio pescoço, ou que tinha a cabeça muito grande para o quadril da mãe, ou que era preguiçoso e não quis encaixar. No final, a culpa é sempre da mãe e do bebê.

Na verdade, o que eu quero com isso é dar a minha contribuição e distribuir novas plaquinhas pelos caminhos que eu trilhei. Para que outras mulheres tenham a chance de chegar ao final dessa jornada (que na verdade é o começo de uma outra e longa jornada) tendo sido respeitadas e acolhidas nas suas próprias escolhas. Para que outras mulheres tenham escolhas. Porque depois de subir essa montanha e superar a si própria, a visão que se tem lá de cima ajuda muito na escalada das montanhas que estão por vir. Uma mulher que vive uma experiência positiva de parto, sabendo que foi feito tudo o que estava a seu alcance, se sabe capaz de enfrentar qualquer desafio que venha pela frente. E essa mulher NUNCA MAIS vai aceitar que lhe digam que ela não é capaz, que não é possível. Ela vai saber que ela é sim capaz de amamentar, ela vai saber que nada nem ninguém saberá melhor de seu filho do que ela mesma. E para mim, tão importante quanto seu próprio empoderamento, é a relação que se construirá com o bebê, de confiança mútua, de confiança na sabedoria daquela criatura, aparentemente tão frágil, mas que junto com ela forma uma dupla capaz de vencer qualquer desafio que possa vir a acontecer. JUNTOS.

Esse post é pra dizer que sim, VOCÊ TEM ESCOLHA!

Vou listar os links e marcar com um * (asterisco) aqueles links que julgo serem imprescindíveis. E espero, do fundo do meu coração, a ajudar a abrir novas portas e janelas.

  1. (**********) Tenha uma doula. Tenha uma doula. Tenha uma doula! Esse site aqui pode te ajudar a encontrar uma: http://www.doulas.com.br/ . Ou então procure nos grupos de apoio pela internet ou no facebook. Evite aceitar pacotes prontos, onde o médico empurra uma doula que trabalhe com ele. A afinidade da doula tem que ser com a gestante, não com o médico! Se for com os dois, ótimo, mas é imprescindível que haja afinidade com a mulher. A doula apoia a mulher, e não o médico!
  2. (*) O site do GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa) http://www.maternidadeativa.com.br/index.html
  3. (*) Blog da Médica Ginecologista Obstetra, MD, PhD, Dr. Melani Amorim http://estudamelania.blogspot.com.br/
  4. (*) do blog acima, um post sobre indicações reais e fictícias para uma cesariana: http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html
  5. (*) http://www.amigasdoparto.com.br/
  6. http://www.cientistaqueviroumae.com.br/
  7. (*)Relatos de parto: http://tevinascer.com.br/
  8. http://criaminha.wordpress.com/
  9. http://www.partonobrasil.com.br/p/relatos-de-parto.html
  10. http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/
  11. http://www.maternidadeconsciente.com.br/
  12. http://pesquisassobreparto.blogspot.com.br/
  13. http://crisdoula.com/
  14. http://drbrauliozorzella.blogspot.com.br/
  15. http://infospartohumanizado.blogspot.com.br/
  16. http://mamatraca.com.br/
  17. http://www.despertardoparto.com.br/
  18. (*) https://www.facebook.com/orenascimentodoparto?fref=ts
  19. (******) https://www.facebook.com/DuarteAnaCris?fref=ts
  20. (*) https://www.facebook.com/MelaniaAmorim?fref=ts
  21. Grupos de apoio e páginas sobre o assunto
  22. (*) Livro: Nascer Sorrindo, Frédérick Leboyer – Ed. Brasiliense
  23. (*) Livro: Parto Ativo – Guia Prático para o Parto Natural, Janet Balaskas – Ed. Ground
  24. (*) Livro: Quando O Corpo Consente, Marie Bertherat, Thérèse Bertherat e Paula Brung – Editora Martins Fontes
  25. Livro: Se Me Contassem o Parto, Frédérick Leboyer – Ed. Ground
  26. Livro: Parto com Amor – Em casa, com parteira, na água, no hospital: Histórias de nove mulheres que vivenciaram o parto humanizado / Luciana Benatti e Marcelo Min
  27. Livro: Parto Normal ou Cesárea? O que toda mulher deve saber (e homem também) – Simone G. Diniz e Ana C. Duarte
  28. Livro: O Renascimento do Parto – Michel Odent
  29. Livro: A maternidade e o encontro com a própria sombra – Laura Gutman
  30. (*) Documentário: O Renascimento do Parto
  31. Documentário: Parto Orgásmico (Orgasmic Birth) https://www.youtube.com/watch?v=zG_6IVmXvr0
  32. Documentário: The Business of Being Born https://www.youtube.com/watch?v=KvljyvU_ZGE
  33. Documentário: A Dor Além do Parte https://www.youtube.com/watch?v=cIrIgx3TPWs
  34. Documentário: Parto Humanizado https://www.youtube.com/watch?v=My7pBG_nD0w
  35. Documentário: Parto Natural – Natural Birth https://vimeo.com/8526305
  36. (*) A importância do plano de parto e como fazer o seu (independente do tipo de nascimento, cesariana ou parto normal) http://maesdepeito.blogosfera.uol.com.br/2015/09/16/saiba-a-importancia-do-plano-de-parto-e-como-fazer-o-seu/
  37. (*****) Procedimentos feitos nos bebês no nascimento hospitalar e a verdadeira necessidade deles http://maesdepeito.blogosfera.uol.com.br/2015/10/20/saiba-quais-exames-no-bebe-sao-necessarios-e-dispensaveis-na-hora-do-parto/

OBS:

– Meu relato de parto: https://manueomundo.wordpress.com/2014/08/21/nossa-primeira-grande-viagem/

– Se você é de São Paulo e quer indicação de algum profissional, me manda um email! 😉

– Se você acha que vai conseguir ter um atendimento de qualidade com o médico do convênio, faça uma busca para saber qual a taxa de cesarianas dele (http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ser-mae/mulheres-divulgam-listas-com-os-indices-de-cesareas-de-obstetras-que-atendem-parto-pelos-planos-de-saude/  e  http://maesdepeito.blogosfera.uol.com.br/2015/07/30/maioria-dos-medicos-do-plano-tem-mais-de-90-de-cesareas-veja-lista/)

– Aqui as taxas dos médicos conveniados em São Paulo: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1pYS0k0e8y4WMu1ZXBHpvfyuRjb8QJhoOySP9FlxrNqM/edit#gid=0

730 dias – a segunda volta ao redor do sol

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“Não sei se o mundo é bão

Mas ele ficou melhor

Quando você chegou

E perguntou:

Tem lugar pra mim?

(…)

Não sei quanto o mundo é bão

Mas ele está melhor

Desde que você chegou

E explicou

O mundo prá mim”

(Nando Reis, em Espatódea)

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730 dias. E daquele dia em diante o meu olhar nunca mais foi o mesmo. Nem os cheiros que eu sinto. Nem o ritmo do meu coração. Nem as certezas que eu tinha. Ou as dúvidas que eu tenho. Nem o meu jeito de dormir ou meu jeito de acordar. O jeito de sorrir e o jeito de chorar. 730 dias respirando o ar que faz você respirar. E pensar que aquele dia chegou exatamente porque você tinha que respirar. Foi seu pulmão buscando o ar que liberou no meu corpo as substâncias que fariam o útero contrair e a vida expandir num volume infinito. Tudo porque você tinha que respirar. Tudo porque eu tinha que respirar você. E de lá pra cá são tantos cheiros, respiros, suspiros, fungadas. O seu cheiro de céu logo que você nasceu. As pessoas dizem que o vérnix tem cheiro de céu, e eu concordo. O cheiro de um céu doce, o cheiro fresquinho de quem acabou de aterrissar do divino/espaço/paraíso no meu colo. O cheiro de Deus, e não importa qual a cara ou nome Dele, ou Dela. Cheiro de amor, cheiro de vida. O melhor cheiro que eu já senti na minha vida e que eu sinto cada vez que eu suspiro fundo pensando em você. E como eu te cheiro. 730 dias e tantos cheiros… o cheiro de leite com café na sua boca de quando você só mamava (porque pra mim leite materno na boca de neném tem cheiro de leite com café). Do suor no pé quentinho. Do ar quente que sai do seu nariz enquanto você dorme. Do cangote suado. Do cabelo lavado. Da mão sempre quentinha. Eu poderia escrever a sua história somente pelos cheiros, mas cheiro não tem palavra, não tem som e eu não consigo desenhar.

730 dias. Você vendo, se vendo, revendo. E eu vendo você, me revendo, vendo através de você. Tem tanta coisa nos seus olhos, o mundo inteiro e outros mundos também. Tem segredos e verdades. Tem um brilho que é só seu e que é o seu tesouro. O seu tesouro são seus olhos, filha. Dia desses um menininho virou pro seu pai e disse que você tinha olhos de ouro. As crianças sempre têm as palavras certas para dizer as coisas necessárias. As crianças sempre enxergam somente as coisas necessárias. As que realmente importam.

Hoje, Manu, eu desejo que esses 730 dias tenham sido para você tão felizes quanto foram para mim. Foram muitos dias de sol, algumas garoas, teve chuvarada com e sem arco-íris no final do dia, e uma ou outra tempestade. Porque na vida até as tempestades são necessárias, porque a vida é de verdade afinal.

E eu desejo, com todo o meu coração, corpo e espírito, que todos os seus próximos dias, que eu não sei quantos serão, mas que serão muuuuuuitos e muitos, que o seu céu seja da cor que você pintar. Que nos dias onde ele estiver escuro, você se lembre que os seus olhos são o seu maior tesouro, e que ouro brilha. Que os seus olhos, que guardam todos os segredos da sua alma e da minha e do Universo, possam iluminar até os dias mais escuros, porque mesmo esses dias acabam quando a noite finda. E porque, no final, até um dia cinza pode ganhar um pouco de cor, a cor que a gente quiser. Lembre-se, filha: o céu é seu, por isso pinte-o da cor que você quiser.

E eu, eu agradeço pelo dia que você aterrissou no meu colo e me olhou com seus olhos redondos e brilhantes, sem titubear. Eu agradeço pelo seu sorriso, que me faz sorrir o dia inteiro, mesmo quando eu tenho motivos para chorar. Eu agradeço pelo seu abraço encaixadinho e seu beijo molhado na minha bochecha. Eu agradeço quando você me diz “te amo” olhando nos meus olhos e meu corpo inteiro arrepia. Eu agradeço por você se proteger em mim e se aninhar no meu colo. Eu agradeço pela sua companhia. Eu agradeço por fazer das nossas viagens muito mais legais. Eu agradeço por me ensinar a olhar para o que realmente importa. Eu agradeço por me ensinar a dançar quando a música toca. Eu agradeço por mostrar que o amor não pode ter expectativa/pressa/cobrança/medo. Eu agradeço por me ensinar a viver o presente – porque a vida é agora, mesmo quando isso ainda é muito difícil de fazer. Eu agradeço por me lembrar que eu preciso ter mais paciência, ser mais corajosa, ser sempre honesta comigo mesma, pois só assim eu posso ser honesta com você. Eu agradeço por cada coisa que você me ensinou, que são tantas e inumeráveis, e ainda haverá tantas outras para você me ensinar.

Que você tenha Feliz Aniversário, filha. Te amo, tudo e pra sempre, te amo porque é você. Te amo o infinito e tudo o mais que houver.

Sua… mãe.

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comecemos…

Bem vindos… a você e a mim. Estamos todos começando, você começa a ler e eu começo a reaprender a escrever. Já fui boa nisso, por muito tempo foi escrevendo que eu me relacionava melhor com o mundo. Mas o mundo girou, eu mudei, e mudei de novo, e de novo, e a engrenagem enferrujou. Ultimamente quando eu melhor escrevo é quando eu não posso escrever. Ah, se inventassem uma máquina que transcrevesse pensamentos!

Escrevo agora para minha filha, para que ela leia mais tarde essas páginas ilustradas sobre ela mesma, das coisas que talvez ela não consiga se lembrar. Escrevo para mim, para ajudar a me construir como pessoa nova que nasceu no dia em que eu pari. Escrevo para você, que está aqui pra se inspirar.

O mundo de um bebê que nasce cabe todinho dentro da sua mãe. Não só na sua barriga, que foi por um tempo seu abrigo, alimento e calor, mas esse mundo ocupa (e precisa) também de seu coração, dos seus olhos, das suas mãos, do colo e do abraço, da sua voz. Vai ser assim por um bom tempo. É no corpo de sua mãe e através dele que o bebê-pessoa se desenvolve. Ele precisa dessa proteção, pois não pode se proteger sozinho. E tem que ser a mãe, pois ali é que reside toda e qualquer relação de confiança que ele conhece. E todos sabemos, confiança se constrói, não é artigo que se encontra pronto na prateleira e nem pode ser decretado.

Quando Manu nasceu, foi para o meu colo que ela veio. Direto para o meu colo, sem alfândegas. Com os olhos bem abertos, ela me olhou, e nós já nos conhecíamos. E foi no meu colo que ela passou a grandíssima parte do seu tempo até então. Foi ali que começamos sua relação com o mundo aqui de fora: com o frio e o calor; com os cheiros; com a luz e a escuridão; vendo o sol e a chuva, pelos olhos e pela pele; ouvindo o barulho e o silêncio; observando o movimento e aprendendo a focar; se alimentando exclusivamente do meu leite, que era o SEU leite; ouvindo o meu coração. Ela precisava saber que podia confiar em mim para conseguir ser livre.

Assim começamos sua exploração pelo mundo, e o seu mundo começou em mim, e foi se ampliando… Foi pro chão, água, paredes, chegou ao teto. Campo, montanha, praia, cidade. O pássaro, a flor, a grama, o mar. Chegou aos sabores e texturas, que ela sente com a boca, os olhos e as mãos. Rolou, sentou, rastejou, engatinhou, levantou, andou. Quantos mundos formam o mundo de uma criança?

Para mostrar novos horizontes para ela, nós acampamos. Já era assim que viajávamos antes dela chegar, e é assim que queremos que ela comece a aprender a viajar. Por isso, Manu acampa desde que completou seu primeiro mês aqui do lado de fora. Por isso, Manu acampa sempre que completa mais um mês nesse nosso mundão de meu Deus. Celebramos sua vida mostrando-lhe, todos os meses, um novo horizonte. O trailer é sua segunda casa. As coisas tem o nosso cheiro e estaremos sempre em casa, não importa onde estivermos. A natureza está do lado de fora da porta e das janelas, basta abri-las que já chegamos lá. Na chuva ou no sol, frio ou calor. Assim é a vida, e é isso que queremos que ela saiba. Que é necessário cuidar da natureza para que ela continue lá. Que os nossos atos tem consequências e que somos os únicos responsáveis por eles. Que existem grandes amigos. Que você precisa respeitar o espaço do outro para ter seu espaço respeitado.

E assim vamos, tentando viver um dia de cada vez, com consciência que esse dia nunca mais vai voltar. No dificílimo exercício de estar presente no presente.

Sejam bem vindos à nossa bagunça!

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