645º

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Junho de 2015

No feriado de Corpus Christi fomos até Joinville, onde haveria um encontro de campistas. Saímos de casa pela manhã, almoçamos na estrada e fomos até Curitiba, onde pernoitaríamos em São José dos Pinhais, em um estacionamento onde um amigo nosso estaciona seu trailer. Mas antes, passando por Curitiba, o Marcos nos levou até o Bosque Alemão para que eu comesse novamente a torta de amora mais deliciosa que eu já comi na vida, e com a qual eu vivo sonhando desde nossa passagem por lá há um ano atrás. De lá rumamos para São José dos Pinhais, onde chegamos no fim da tarde.

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no bosque alemão

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bosque alemão

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Curitiba vista do mirante do bosque alemão

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trailer estacionando na rua enquanto eu me deliciava com a torta de amora

Chegando lá encontramos nossos amigos, que também passariam a noite em seu trailer, para que saíssemos no dia seguinte cedinho. Tomamos um lanche com eles e fomos para o nosso trailinho, terminamos de arrumar as coisas, coloquei as roupas das malas no armário, tomamos um banho e dormimos.

No dia seguinte encontramos mais um casal de amigos com seus filhos, que também estacionam o trailer ali e haviam chegado à noite quando já estávamos dormindo. Todos prontos e seguimos viagem, descendo a serra até Joinville.

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comboio formado em são josé dos pinhais

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comboio descendo a serra

Saímos de Curitiba embaixo de uma névoa densa e frio. Ao chegar lá embaixo, no fim da serra, o sol apareceu como mágica, o céu tinindo de azul e um calor inesperado e delicioso. Chegamos no camping Recanto Davet no meio da manhã, onde já haviam várias pessoas que estavam ali para participar do encontro. Encontramos um lugar lindo à beira rio para pararmos o trailer junto dos outros amigos que estavam conosco, prevendo espaço para os outros que ainda iriam chegar. Fiz um almoço, comemos olhando o rio lá embaixo e à tarde fomos até o centro turístico de Joinville.

já no camping, o rio cubatão

já no camping, o rio cubatão

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reconhecimento de território

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menina do rio

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menina do rio

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menina do rio

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sem entender porque ela não podia ir até a outra margem

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rio cubatão

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mesa posta

Joinville é uma cidade grande, tem muita coisa para se conhecer, vários museus, alguns parques… Como a ideia era só dar uma passeada e uma vista geral, decidimos ir até o mirante, o que não foi possível já que o mesmo está em reforma e fechado para a visitação. Então fomos até o Parque Morro do Finder, onde há algumas trilhas e um outro mirante, de onde se vê a Baía da Babitonga. A trilha que leva até o mirante é um tanto longa e bastante íngreme, confesso que a sedentária aqui ficou bem cansada. A Manu subiu no carregador com o Marcos e depois desceu comigo, mamando e dormindo. O mirante é legal, mas estava em situação precária, destelhado, com madeiras soltas. E a vista já estava bem comprometida por causa das árvores que foram crescendo. Por causa disso fiquei meio decepcionada e nem parei muito para contemplar o lugar. Voltamos para o camping e passamos o resto do dia ali com nossa turma de amigos, que àquela altura já estava completa, com o pessoal que foi chegando ao longo do dia.

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central de atendimento ao turista na Casa Krüger

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entrada do parque morro do finder

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morro do finder – subida para o mirante

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morro do finder – mirante

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morro do finder – vista para a baia da babitonga

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morro do finder – descida do mirante

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rua das palmeiras no centro da cidade

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portal

Na sexta-feira de manhã todos se juntaram e partimos para subir a Serra Dona Francisca até Campo Alegre, onde conhecemos uma fábrica de trailers e depois almoçamos todos juntos em um restaurante colonial em São Bento do Sul. Voltamos para o camping, a Manu brincou um pouco na beira do rio, e à noite juntamos os pratos para um churrasco comunitário.

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mirante na serra dona francisca

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as amigas xarás brincando de estátuas abraçadas

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fim de tarde no rio

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fim de tarde no rio

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fim de tarde vista do toldo do trailer

Sábado partimos para uma visita à uma fábrica de motorhomes ali em Joinville mesmo, na van que a própria empresa havia mandado até o camping para buscar os interessados em conhecer a fábrica. Voltamos para o camping na hora do almoço, que foi novamente comunitário, como seriam todas as nossas próximas refeições. O prato da vez foi o barreado que a Beti fez em Curitiba e levou congelado para todos comerem. Estava delicioso e foi a estréia da Manu no barreado, um prato típico do Paraná que sempre comemos quando vamos à Morretes e que adoramos! O barreado consiste basicamente em carne de segunda cozida lentamente numa panela de barro vedada com barro ou mistura de farinha de mandioca, acompanhado de farinha de mandioca crua, que é cozida com a água super quente da carne jogada sobre ela, além de bananas em rodelas. A noite foi novamente de churrasco compartilhado com os amigos.

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o barreado de Beti

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Beti ensinando a montar o prato

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pequenas flores no nosso jardim provisório

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pequenas flores no nosso jardim provisório

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pronta pra outra depois de trocar a roupa que molhou no rio

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mais um por-do-sol

No domingo a maior parte do pessoal já partiu cedo, mas nós ficamos para almoçar no camping junto dos amigos curitibanos, arrumando as coisas com calma, já que a intenção era voltar para São Paulo só na segunda, evitando o trânsito de volta de feriado.

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último dia

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quase pronto pra ir embora

 

Saímos do camping depois do almoço e pegamos a estrada sem pressa, com a intenção de dormir na estrada. No começo da noite paramos no Petropen, um posto da Rede Graal em Pariquera-Açu, já no estado de SP, a 200 km de casa. Pegamos comida no restaurante e levamos para o trailer para comer lá. Tomamos banho e dormimos, capotados.

40 minutos parados na Regis

40 minutos parados na Regis

de manhã no petropen, no lugar onde pernoitamos

de manhã no petropen, no lugar onde pernoitamos

na estrada, voltando para casa, com a casa nas costas

na estrada, voltando para casa, com a casa nas costas

Na segunda, depois do café da manhã no trailer, saímos do posto cedinho e voltamos à estrada. Chegamos em casa 3 horas depois.

* km percorridos: 1045

* total km rodados: 1259

 

 

 

420° ou quase isso

DSC_5529 Outubro de 2014 Dia das crianças a gente passa brincando… então levamos a Manu pra brincar na praia! Aproveitamos a ocasião para fazer algo que já queríamos ter feito há tempos, que era levar a Manu pra acampar de barraca. Na verdade íamos fazer isso em novembro do ano passado, nesse mesmo camping, mas na época o camping já estava cheio e não conseguimos fazer reserva. Pra gente, que hoje acampa de trailer, era muito importante que a Manu acampasse logo de barraca, para que ela vivesse essa experiência e experimentasse coisas diferentes.Foi assim que eu comecei a acampar, há dez anos atrás, foi assim que eu me apaixonei pelo universo campista. Eu, particularmente, adoro a barraca, principalmente dormir na barraca. É lógico que o trailer traz comodidades muito legais, como a praticidade de estar quase tudo pronto, ter seu próprio banheiro e cozinha, estar longe do chão em dias de chuvas fortes. Mas eu ADORO dormir na barraca, e estava com saudades de acampar assim. Acampar de barraca é muito legal e pode ser muito confortável também, desde que haja uma organização prévia. Para quem nunca acampou e quer se aventurar, o MaCamp conta com um excelente guia para iniciantes. Antes de ir, é importante pesquisar sobre o camping escolhido e entrar em contato com o estabelecimento para ver se está aberto/funcionando. Nunca vá pra um camping sem ligar antes, se você não quiser ter dor de cabeça. O camping escolhido foi o Itamambuca Eco Resort, em Ubatuba, SP. Esse camping é considerado, em muitos lugares, um camping 5 estrelas. Tem lugar até que diz que é o melhor camping do Brasil, o que na minha opinião não é verdade. O camping é sim muito bom, já que tem uma localização privilegiadíssima, fica entre dois braços de rio, os mesmos que separam o camping da praia. Fora a localização, o serviço e a infra-estrutura são bons, o que se deve mais ao fato de o camping estar dentro de um resort (esse sim 5 estrelas) do que pelo camping em si. Os banheiros são bons, mas são antigos, e dos 5 chuveiros quentes do banheiro feminino, apenas dois de fato esquentavam, sendo que um deles saía uns 5 jatos de água, pois estava com os furinhos todos entupidos. Reclamamos na administração, que nada fez, e essa falta de atendimento ao campista conta muito na hora de classificar um camping como excelente. O restaurante que atende à área do camping estava fechado, pois só abre em alta temporada, mesmo tendo mais de 50 barracas naquele final de semana. Tirando essas coisas, que para o campista de verdade são de suma importância, o camping ainda sim é muito bom, principalmente por sua localização, e vale a pena a visita. E pretendemos sim voltar lá. Ah, ia me esquecendo. Antes de ir é preciso entrar em contato com eles e fazer uma reserva, pagando 50% antecipadamente. É preciso fazer reserva porque caso você chegue lá e o camping esteja lotado, você não vai nem poder entrar, o que já aconteceu conosco uma vez.

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a entrada do camping pela praia

a praia

a praia

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camping

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camping

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o rio e a praia vistos de onde montamos a barraca

Quanto ao que levar: em primeiro lugar, não se assuste com o fato de haver um bebê ou criança envolvidos no acampamento, porque eles não exigem grandes coisas nem grandes tralhas. Crianças são simples, aprenda com elas! Geralmente quem complica é o adulto, que também é o dono/dependente da tralha. Criança precisa de atenção, de carinho, uma área sombreada e comida de qualidade, além de uma malinha com roupas e os produtos de higiene. Todo o resto necessário para acampar independe de haver ou não criança envolvida. Algumas dicas: não leve carrinho de bebê, um milhão de brinquedos, banheira. O carrinho de bebê vai ocupar um espaço precioso e, sinceramente, é desnecessário, principalmente se o destino for a praia. Um sling ou canguru são mais que suficientes, e vão tornar passeios e caminhadas muito mais fáceis, tanto na questão do acesso aos lugares quanto no fator aconchego/sono. Se o bebê for bem pequeno, também dá pra usar o bebê conforto que obrigatoriamente será levado em uma viagem de carro, não ocupando assim espaço extra. Brinquedos, leve o mínimo possível, que possa ser usado para a criança se distrair no carro durante a viagem e no caso de praia, algum baldinho ou coisa parecida. Lembre-se que a viagem por si só já é um grande atrativo para a criança, que ela terá todo um novo espaço para ser explorado. Abra espaço para que a criança interaja com a natureza e as possíveis novas amizades que o camping proporcionará. Na hora do banho, organize um esquema com a pessoa que te acompanhar na viagem, seja o pai/mãe, um parente ou amigo: leve o bebê/criança para tomar banho com você, no colo mesmo, e peça para a outra pessoa pegá-lo quando terminar, para que você possa tomar o seu próprio banho. Aqui em casa a Manu toma banho no chuveiro com a gente desde os 15 dias de vida e sempre foi muito tranquilo. No camping nós fizemos assim: eu ia de biquini para o banho com a Manu, e enquanto dava banho nela o Marcos tomava o banho dele no banheiro ao lado. Quando eu terminava, vestia um roupão na Manu e enrolava uma toalha nela e o Marcos a pegava na porta do banheiro feminino, e ia com ela para a barraca para vesti-la, enquanto eu voltava pro banheiro e tomava o meu banho, simples assim. Quanto à alimentação, acho que de todos os itens esse deve ser o que pode dar um pouco mais de trabalho, mas mesmo assim não é nenhum bicho de sete cabeças. Quando a Manu só mamava era mais fácil ainda, não precisávamos nos preocupar com nada. Agora que ela já come, a preocupação é garantir uma alimentação de qualidade para ela. A Manu não consome nenhum tipo de comida industrializada, então eu comecei a preparar algumas coisas com antecedência. Fiz um pão caseiro para levar, pão esse que seria o pão que nós consumiríamos e que a Manu também poderia comer se quisesse. Levei alguns potinhos com porções individuas de comida caseira congelada, que acondicionamos em uma caixa térmica com gelo, que na verdade é o item que dá mais trabalho, pois é preciso ficar de olho e colocar mais gelo antes que o anterior acabe. Dá trabalho mas não é um problema, já que geralmente sempre tem gelo à venda nos campings ou em lugares próximos a ele. No caso dessa viagem, até havia gelo à venda no camping, mas acabamos comprando em um mercadinho próximo, e só precisamos colocar mais gelo uma vez nesses 3 dias. No mais, levamos muitas frutas, legumes para cozinhar e arroz. Acho legal deixar para comprar carnes/peixes no local, na quantidade certa para consumir na refeição que será feita. Ah, e claro, levar bastante água para beber! No mais, segue uma lista dos itens que levamos para acampar. Nós geralmente levamos bastante coisa pro camping, porque gostamos de ter um mínimo de conforto. Antes do trailer nós usávamos uma carretinha que rebocávamos com o carro, onde ficavam todos os nossos apetrechos, que não eram poucos. Dessa vez fomos sem carretinha e levamos tudo no porta-malas do carro.

  • barraca
  • lona para colocar embaixo da barraca (no caso esses plásticos pretos, baratinhos, que protegem o piso da barraca e ajuda a não sujar)
  • piso ecológico para colocar em frente à barraca
  • tenda
  • extensão e fio com soquete para iluminação
  • fogareiro e botijão de gás pequeno
  • apetrechos de cozinha: panelas, pratos, talheres, copos, balde, bucha, detergente, etc.
  • mesa pequena
  • cadeiras
  • colchão inflável, travesseiros, roupa de cama (incluindo um cobertor)
  • churrasqueira pequenininha (alguns campings tem churrasqueiras, então é um item dispensável)
  • caixa térmica
  • caixa de mantimentos
  • guarda-sol

Bom, acho que foi isso. São poucas coisas, mas que garantem um acampamento com bastante conforto. Então vamos à viagem! Saímos de casa na sexta pela manhã, almoçamos na estrada, na região do Planalto, antes de descer a serrinha de Taubaté. Cinco horas depois estávamos no camping. Arrumamos as coisas e ainda deu tempo de aproveitar um pouco a praia e Manu tomou seu primeiro banho de rio. Ela amou, ficou eufórica, sem se importar com a água fria.

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nosso acampamento

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Manu estreando a barraca

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Manu estreando o rio

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quem tem medo de água gelada?

Tomamos banho, jantamos e Manu capotou, dormiu super cedo. No meio da madrugada ela acordou, tamanha era a claridade lá fora. Até pensamos que já era de manhã, mas quando olhei no relógio eram 2 horas da madrugada. Fui lá fora olhar e aquele clarão toda vinha da lua, que estava bem ali, em cima de nós, brilhante e prateada, reinando com uma claridade incrível. Manu acendeu, e nós também. Nos agasalhamos, saímos da barraca e fomos dar uma volta na beira do rio pra fazer o sono voltar. O sono voltou e nós dormimos, até acordar com calor e a claridade, agora do sol. O sábado amanheceu lindíssimo, azul sem uma nuvem no céu. Passamos a manhã na praia, entre a água do mar e do rio. Voltamos para o camping para almoçar e assamos uma carne na churrasqueira. À tarde aproveitamos a piscina do camping e à noite teve janta comunitária com uns amigos que fizemos por lá.

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acabando de acordar

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na beira do rio…

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no rio

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na piscina

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na piscina

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na barraca

Domingo amanheceu em meio à névoa e com vento gelado, e assim ficou o resto do dia, céu nublado mas sem chuva. Caminhamos na praia, passeamos pelo camping/resort, almoçamos e fomos dar uma volta de carro. À noite jantamos de novo com os novos amigos do camping.

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na balsinha que atravessa o rio

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caminhando na praia

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pelo camping

DSC_5367          DSC_5379 Segunda o plano era ir embora logo cedo, mas o dia amanheceu lindo, e não deu pra resistir. Aproveitamos que acordamos bem cedo e fomos para a praia, já que a vida é uma só. Ficamos ali no rio e até fizemos stand up paddle na prancha de outros amigos que fizemos por lá.

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o mar

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o mar

de cavalinho

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de cavalinho

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de cavalinho dentro do rio

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no rio

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no rio

Quando o sol já tinha esquentado demais voltamos para o camping, arrumamos nossas coisas e fomos embora. Almoçamos em um restaurante ali perto, compramos cacau fresco e um cacho de banana ouro e subimos a serra. Chegamos em casa no final da tarde, depois de três horas e meia de viagem.

Total rodado: 595 km