840º

Florianópolis, SC, dezembro/2015 – janeiro/2016

Foram 21 dias de férias, todos eles no Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis. Nós nunca ficamos tanto tempo em um lugar só, mas dessa vez precisávamos descansar, economizar, e também sossegar um pouco, deixar a Manu se acostumar a uma rotina que não fosse a de casa, mas bem próxima à natureza. Amigos foram feitos – grandes e pequenos, surgiram novas brincadeiras, novos sabores foram experimentados, assim como seus nomes, cores e texturas. Viajar nos ensina muito, mesmo quando se viaja para lugares que já conhecemos. Viajar ensina MUITO à Manu, numa eficiência que nem nos meus dias mais esforçados eu poderia alcançar. Não existe nada, técnica, esforço ou pedagogia que substitua a vivência. Nem livros, fotos ou vídeos que cheguem aos pés do que é ver com os próprios olhos, a uma distância que permita o toque das mãos e os cheiros alcançando o nariz. Nada ensina mais sobre a vida do que viver a vida lá fora, de verdade, onde cai a chuva e o calor do sol pode queimar a pele. Lá fora, do lado convexo da bolha. No lugar onde, infelizmente, nós não estamos na maior parte do tempo.

a nossa casa em qualquer lugar / autonomia e prática são sinônimos / com a colega “hermana”, numa comunicação linda de ver, que pouco dependia de palavras, mas que acontecia principalmente no olhar, no toque, no corpo todo em movimento

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Manu à mesa – fritada

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uma receita boa para converter dias de escassez em fartura: escassez de tempo, de inspiração, de coisas prontas na geladeiras, transformadas em fartura de cores, de sabor, de nutrição. usei uma das receitas que estavam abertas numa das abas do navegador do celular há semanas e em meia hora o almoço estava pronto. do zero. a receita original é essa aqui, do blog que mais lindo do mundo. logicamente eu não segui a receita à risca, nunca sigo mesmo. adaptei os ingredientes para o que eu tinha na despensa e o modo de fazer ao tempo que eu tinha disponível.

na batedeira eu coloquei um copo (de 250ml) de farinha de grão de bico, um copo de farinha de arroz integral, 1 copo e 1/2 de água, sal, cominho e duas colheres de chá de fermento em pó. bati bastante e deixei lá descansando. numa panela refoguei no azeite alho poró, pimentão vermelho, uma berinjela (dessas pequenas que quase não tem semente) sem casca e picada em quadradinhos, o milho de uma espiga que eu cozinhei enquanto lavava e cortava os legumes, quiabo, temperei com sal, pimenta calabresa e o suco de meio limão. ai foi só colocar metade da massa numa frigideira com um pouco de azeite, colocar os legumes e salsinha, e depois de bem dourado virar e dourar mais um pouco. rendeu duas fritadas grandes.

765º

Guaratinguetá, SP, outubro de 2015

Camping Clube do Brasil – CCB Clube dos 500

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