Você pode até achar que esse tema não interessa a você, mas interessa sim! Nascer interessa a TODOS, ou pelo menos deveria interessar. Quando se negligencia o nascer, negligencia-se todo o resto, pois nascer é o primeiro direito do ser humano. E se logo de cara o seu primeiro direito é desrespeitado, é violento, é manipulado para servir a interesses diversos de outras pessoas, como esperar que todos os outros direitos do ser humano ao longo de sua vida sejam respeitados?
Nascer é um ato coletivo, assim como a vida o é. Precisamos, pelo menos, de uma mãe. Para que o nascimento seja respeitado, essa mãe, essa mulher, precisa ser respeitada também. É DIREITO dela, é seu DEVER. É dever do sistema de saúde através de suas instituições e profissionais (sejam eles públicos ou privados), mas também é dever da sociedade que deve exigir que seus direitos sejam respeitados. É preciso informação e empoderamento! É preciso que todo tipo de violação de direito, que toda violência sofrida seja denunciada. Sem denúncia não há mudança!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tornou pública, em português, uma declaração oficial para a PREVENÇÃO E ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE. Essa declaração é um dos mais importantes instrumentos que o movimento contra a Violência Obstétrica dispõe atualmente, e está disponível para download no link: http://goo.gl/uIqLtn
“Desde já, é preciso que aprendam a amar a criança pelo que representa em si mesma. Não por elas.
O bebê não é um brinquedo, um enfeite. É um ser que lhes é confiado.
Pudessem as mulheres compreender e sentir:
“Sou SUA mãe.”
e não
“É MEU filho.”
Entre os dois há um mundo.
E todo o futuro da criança.”
(Frédérick Leboyer – Nascer Sorrindo)
#VOBR2014